terça-feira, 17 de maio de 2016

Laika!

A linha entre a bebedeira cega e o coma alcoólico pode ser muito ténue. O que deve ser tido em conta para que a análise seja bem-sucedida? Sei lá! Se soubesse, era médico ou trabalhava numa clínica de afasta-vício-que-me-enrolam-a-língua!
Onde é que eu ia? Ah, sim. O que importa para a análise. Não sei, mas suspeito que isto é revelador de um estado quase comatoso: uma discoteca tão cheia de gente que só se pode dançar com os olhos, uma alma danada começa a furar por entre a turba e dirige-se ao DJ, estendendo o cartão de consumo:
- Olhe, desculpe, é um vodka puro, se faz favor.
Ou então, a mesma discoteca, a mesma enchente e a mesma alma danada em direcção ao barman:
- Ó DJ, põe aí o Avicii! Não sabes o que é música ou quê?
Se algum dia (ou noite) estiverem neste estado de atraso cognitivo-etílico, não hesitem em ligar para o INEM. Ou a pedir a alguém que vos faça esse favor, já que são bem capazes de confundir uma sandália com um telemóvel. Mas cuidado! Vejam bem a quem pedem. Normalmente, as pessoas não têm autoclismo nem servem para recepção de bebida em excesso rejeitada pelo estômago... Digo eu!

2 comentários:

  1. Nossa, que saudades que tenho de passar por esses "atrasos". Ando a portar-me demasiado bem :(

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    1. Lady D. está danadinha para partir a loiça e não sabe como. Tiramos uma noite numa tasca para ver se ainda sabemos o que é apanhar uma piela à antiga portuguesa. Vamos nessa?

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Se vêm para contestar, fiquem quietinhos e caladinhos. Isto não é minimamente democrático e quem manda aqui sou eu! Por isso, só são permitidos afagamentos de ego, mas com jeitinho! Demasiada fricção deixa-me o pelo eriçado, tipo gato assanhado. Não é bonito!