Adoro futebol e a forma apaixonada como o vivo faz-me estar permanentemente atento a tudo o que o envolve. Os cânticos das claques, por exemplo, põem-me sempre de orelhas a pino para ver se descortino o que diz a mole humana.
Ora o Braga venceu ontem a Taça de Portugal e foi hoje recebido na Câmara Municipal da cidade que empresta o nome ao clube. Pois gritavam os seus adeptos o seguinte:
«A Taça é nossa, a Taça é nossa e há-de ser. A Taça é nossa e há-de ser! A Taça é nossa até morrer!»
Ora vamos lá escalpelizar as frases cantadas. A Taça é deles, sim. Muitos parabéns e um queijo da Serra para a viagem. A Taça é deles e há-de ser? Bom, aqui é que encontramos a primeira parvoíce. Um clube quase centenário que só venceu dois troféus destes durante toda a sua história não pode abarbatar-se assim com a dita cuja para sempre. Aliás, até estou aqui capaz de apostar um pelo do nariz em como não voltam a conquistá-la para o ano. Mas o topo da estupidez está reservado para a última frase. A Taça é deles até morrer? E de que vai morrer a Taça? De velhice? De doença? Por homicídio? Por oxidação?
Ó meus amigos, vocês não podem largar para aí a dizer baboseiras só porque levaram um caneco para casa. Tenham contenção na ingestão de bebidas alcoólicas e contratem um bom letrista. O Carlos Tê está disponível! Vá, vamos lá a isso antes que alguém se lembre de vos tirar a celebrada Taça por não saberem trata-la como deve ser!
Cavalos aos tiros, homens aos coices, anões pernaltas e gigantes atarracados. Sem filtro, sem juízo, muita parvoíce e pouca graça. Aqui ninguém vem ao engano!
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Morte por oxidação parece-me muito in, pena não se usar mais!!
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ResponderEliminarVou falar com o Erdogan para ver se ele está interessado em usar lá no país dele. Recebo 10% de comissão por cada quinanço :P
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