quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Ponho-me em cada uma...

Ora, como já não me bastava encher-vos de alarvidades naquilo que é meu, imaginem só que ainda me convidam para encher de alarvidades blogs alheios. Foi essa mesma infeliz ideia que a                                 Miúda, que tem um blog ao qual decidiu dar o original nome de                     Sempre Miúda,                 teve.

Podem descobrir o belíssimo resultado dessa parceria                                         aqui, se quiserem gastar dois ou três minutos da vossa vida de um modo completamente inútil. Acreditem que não se sentirão defraudados se esse for o vosso propósito.                                    

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Slips Tareco

Quantos séculos passaram desde que o ser humano inventou a roda e percebeu o infindável número de aplicações que esta teria? Certamente, muitos. Não sei exactamente quantos porque não me apetece pesquisar, vocês não me pagam para isso e interessa pouco para o caso.

Feito que está este preâmbulo em que fica claro o sentimento que nutro por vocês, passemos ao cerne da questão. Uma empresa do estado do Minesotta, que fica algures entre o Pólo Norte e a Antártida, para ser mais específico, inventou cuecas que se auto-limpam. Dizem os responsáveis da empresa que esta maravilha pode ser usada durante vários meses sem ser lavada, já que possui uma tecnologia inovadora que faz com que se limpem sozinhas, sem nenhum tipo de intervenção dos seus possuidores.

Eu sei que os vossos cérebros fervilhantes devem estar cheios de perguntas, mas eu sou óptimo a jogar na antecipação e disparo já esta: quantos de vocês é que já tinham pensado que o gato podia ser usado como roupa interior?                                            

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

O hábito faz o chefe da vacina

Criou celeuma a entrevista do recém-nomeado coordenador do plano de vacinação contra a Covid, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, não tanto por algo escabroso que o novo homem forte do plano para tratar da saúde ao "bicho" tenha dito, mas antes pela forma como se apresentou nos estúdios da TVI. 

Sucede que o senhor apareceu vestido com um camuflado, assim como que a querer dizer que tinha vindo a correr do trabalho para dar uma entrevista num instantinho à pressa. O acontecimento teve tanto de insólito como de raro, já que não se devia ver na televisão um elemento das forças armadas trajado a rigor desde que o MFA tomou conta dos estúdios da RTP no 25 de Abril... ou desde que o Joaquim Monchique apareceu num sketch a imitar o coronel Kadhafi.

Se a moda pega, vamos ter os ecrãs cheios de advogados vestidos com togas, médicos de bata, strippers com... hum... sem nada,                     o Armando Vara de presidiário, o Ventura vestido de palhaço...

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Nos hipermercados, nada se perde, tudo se transforma

Das medidas restritivas impostas pelo Governo no actual quadro do estado de emergência, umas tornaram-se tão difíceis de compreender como os quadros da Paula Rego ou o uso que a Joana Vasconcelos dá aos tampões.

Uma dessas medidas é a proibição da venda de livros nas grandes superfícies. Num país onde o gosto pela literatura nunca rivalizou com a paixão pelo futebol, o que explica a fluência e a eloquência         com que se expressam distintos tribunos como Jorge Jesus, António Salvador ou Cristiano Ronaldo (parabéns, CR7), tomar medidas deste calibre não constitui grande estímulo à leitura.

Com os escaparates vazios de obras literárias, os grandes lojistas não perderam tempo a optimizar o espaço. Tornou-se pois viral uma imagem na qual se via enormes embalagens de papel higiénico no lugar outrora ocupado pelos livros.

Que conclusões é que daqui se podem retirar? A primeira, inevitável e avassaladora, é a de que os gerentes de loja acham que os portugueses, na sua generalidade, têm um intelecto idêntico ao de uma formiga de asa e não conseguem ler mais do que aquilo que habitualmente vem escrito no papel higiénico e, não, não me estou a referir à embalagem, mas ao rolo.

A segunda, que me parece incontestável, é a de que os livros, quando ressurgirem, serão colocados naquele que era até há pouco tempo o feudo do papel higiénico. Será pois o pretexto perfeito para, finalmente, darmos o devido uso às criações de José Rodrigues dos Santos, Pedro Chagas Freitas e                             Gustavo Santos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Novos tempos, velhos receios

Um ano após o surgimento da pandemia que nos virou a vida do avesso a um ponto que passámos a ponderar a sensatez de usar cuecas na cabeça e barbatanas no lugar de luvas, ainda muito há por saber acerca da Covid-19, dos seus efeitos a longo prazo e, sim, da melhor forma para detectar a presença do vírus que a causa no organismo humano.

Quando todos achavam que o método de enfiar uma zaragatoa ventas acima, assim a modos que a imitar os Egípcios e a sua forma de esvaziar a caixa craniana no processo de mumificação dos faraós, para verificar a presença do bicho no corpo da malta, eis que da China nos chega a notícia de que afinal existe um método menos invasivo e igualmente eficaz. Ora, em vez de se porem a escarafunchar no nariz, vão à procura do coronavírus no sítio onde se desconfia estar o tesouro perdido. Sim, no cu.

Pois bem, para mim existem duas formas de abordar a questão. A primeira é idêntica à possibilidade que o Facebook nos dá de descrever o nosso estado sentimental quando nos metemos numa relação que sabemos que, mais cedo que tarde, vai dar merda: é complicado. A segunda é a mais óbvia  e, concomitantemente, a que mais dúvidas deixa quanto ao seu significado: no cu?! Então não metes?! No cu metes mas é o caralho!