Intempéries na Casa Branca

À medida que as eleições presidenciais americanas se aproximam a passos largos, os pesos-pesados do campo político     voltam à ribalta para apoiar os candidatos à Casa Branca.

Do lado democrata, a Convenção Nacional do partido é o cenário ideal para alavancar a candidatura de Joe Biden, o favorito a comandar os destinos dos Estados Unidos nos próximos quatro anos.

Foi durante o evento que Bill Clinton, que ocupou o cargo entre 1993 e 2001,  teceu duras críticas a Donald Trump, afirmando que «a Sala Oval é o centro de uma tempestade».

Bem, temos que admitir que as condições meteorológicas no gabinete presidencial mais famoso do mundo pioraram bastante desde                                                 que Clinton lá esteve. Na altura, eram só uns pinguinhos que caíam... no vestido da querida da Mónica!

Privilégios onomásticos

O desconfinamento, um neologismo tão recente que nem o corrector ortográfico do Firefox reconhece, vai acontecendo um pouco por toda à Europa, à medida que a pandemia de Covid-19 apresenta alguns sinais de abrandamento e a economia, em sentido oposto, manifesta dificuldades em respirar.
Vai sendo, pois, altura de levantar algumas das medidas restritivas que nos fizeram parecer verdadeiros eremitas nas últimas semanas, desde logo a começar pelo tamanho que atingiram as nossas composições capilares. No entanto, há impedimentos que vieram para ficar durante bastante tempo, nomeadamente aqueles que se relacionam com os ajuntamentos de pessoas. Não, pessoal da CGTP e dos Super Dragões, não estou a falar com vocês!
Como exemplo do que vos digo, em Portugal os festivais de música, um dos nossos ex-libris no que toca às artes de bem sorver quantidades industriais de cerveja e de mamar da boca do parceiro do lado enquanto uns gajos quaisquer de quem nunca ouviram falar tocam... como é que se diz?, ah!, música em cima de um palco, estão proibídos até ao dia 30 de Setembro.
Há, porém, uma excepção a fazer. Durante este período, há um grupo de artistas que pode actuar sem restrições e que toda a gente está louca por poder ver. Chamam-se... Vaccines.

Temos o mundo ao contrário

As imagens que chocaram o país nesta Páscoa estão relacionadas com um costume próprio desta época: o beijar da cruz. Em Barcelos e Melgaço, a tradição não pára nem à lei da bala e foi vê-los, homens e mulheres, putos e velhos, a lambuzarem as beiças no Cristo crucificado, o que pode resultar em implicações judiciais para os autores das iniciativas pascais.
São tempos estranhos aqueles que vivemos. Se era hábito a malta se chatear com o beijo de Judas, agora a indignação surge com o beijo em Jesus.

Bolsonabo

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, continua igual a si mesmo e não deixa de ser polémico mesmo em tempos conturbados como aqueles que vivemos. Perante o crescente surto de Covid-19 no seu país, à semelhança do que vai acontecendo em todo o mundo, Bolsonaro afirma que a doença, no seu caso, não provocaria mais que, e passo a citar, «uma gripezinha, um resfriadinho». Ao mesmo tempo, exorta os governadores estaduais a abrirem as escolas, visto que a doença, e volto a sublinhar as palavras dotadas de grande conhecimento científico por parte do presidente, »só ataca os velhinhos, as crianças não precisam estar em casa».
Desta vez, tenho de concordar com Bolsonaro. De facto, as escolas deviam estar abertas. Podia ser que assim o javardo mental fosse ainda a tempo de aprender alguma coisa nesta vida.

Aí não jogo eu!

Jorge Jesus, treinador do Flamengo, esteve na incerteza quanto à possibilidade de estar infectado com o novo Coronavírus. Numa primeira instância, Jesus acusou positivo no teste realizado, mas face aos dados recolhidos, que não eram conclusivos, repetiu-se à análise uma e outra vez. À terceira, o técnico português pôde respirar de alívio, tendo sido dada como certa a inexistência do vírus no seu organismo.
Tenho para mim que JJ viu o bicho aproximar-se, deixou-o entrar e depois, assertivamente, disse-lhe: «agora que "chigastes" ao corpo do melhor treinador do mundo, vou dizer-te... Tu tens talento para jogar a número 10, mas eu vou pôr-te a jogar a lateral-esquerdo». Limpinho, limpinho! Bazou na hora!

Tempos virulentos

Quando querem testar material novo, os humoristas têm tendência a juntar um grupinho de amigos e ver as reacções que vão obtendo.
No caso de juntarem o tal grupinho no actual contexto, a única coisa que conseguem testar é positivo ao corona vírus.