Nas vésperas da discussão e votação parlamentares dos quatro projectos de lei sobre a eutanásia, cerram-se fileiras e contam-se espingardas na discussão de um tema que é fracturante em qualquer sociedade. Várias têm sido as figuras públicas a manifestarem-se a favor e contra a legalização da morte assistida, numa última tentativa de influenciar a decisão dos deputados num ou noutro sentido.
Uma dessas figuras é Cavaco Silva. O antigo Presidente da República declarou ser terminantemente contra a aprovação de qualquer diploma que possibilite a morte medicamente assistida e avisou que não votará em qualquer partido que seja favorável à legalização da mesma. A mensagem tem, como é evidente, um destinatário: a bancada parlamentar do seu PSD, cujos deputados terão liberdade de voto na sessão plenária de amanhã.
Não posso deixar de olhar para esta tomada de decisão de Cavaco Silva com uma espécie de declaração de ressentimento, quiçá até de rancor. É que, a avaliar pelo aspecto físico e posições tomadas ao longo dos anos em que ocupou os mais altos cargos do Estado português, alguém já lhe deu uma injecção letal aí por volta de 1952.
Cavalos aos tiros, homens aos coices, anões pernaltas e gigantes atarracados. Sem filtro, sem juízo, muita parvoíce e pouca graça. Aqui ninguém vem ao engano!
segunda-feira, 28 de maio de 2018
domingo, 20 de maio de 2018
Excessos lacrimais
Invasões de campos de treino, jogadores violentamente agredidos, fortes suspeitas de corrupção, pressões para demissão do presidente, declarações e posições firmes das mais altas figuras do Estado. Este pode ser o resumo do que aconteceu nos últimos dias em Portugal por causa da crise vivida no Sporting.
Após uma semana que marcará para sempre o futebol português pelas mais tristes razões, espera-se que a final da Taça de Portugal hoje disputada possa encerrar um capítulo negro do desporto nacional e recolocar o foco mediático nas questões que são verdadeiramente importantes para o país.
Este que vos escreve tem uma pressa terrível de voltar a ver os temas mais prementes a serem novamente discutidos e vai, com a sua inesgotável vontade de contribuir para o enriquecimento do debate público, lançar o assunto sobre o qual todos quererão opinar.
Cá vai: a ribeira do Jamor tem as margens suficientemente limpas por forma a garantir que a enxurrada desta tarde não causa uma grande inundação?
Após uma semana que marcará para sempre o futebol português pelas mais tristes razões, espera-se que a final da Taça de Portugal hoje disputada possa encerrar um capítulo negro do desporto nacional e recolocar o foco mediático nas questões que são verdadeiramente importantes para o país.
Este que vos escreve tem uma pressa terrível de voltar a ver os temas mais prementes a serem novamente discutidos e vai, com a sua inesgotável vontade de contribuir para o enriquecimento do debate público, lançar o assunto sobre o qual todos quererão opinar.
Cá vai: a ribeira do Jamor tem as margens suficientemente limpas por forma a garantir que a enxurrada desta tarde não causa uma grande inundação?
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Coerência virtual
Miguel Relvas, ex-ministro do Governo de Passos Coelho, foi contratado por uma empresa norte-americana especializada em blockchain, tecnologia que serve de base à criação de moedas digitais como as bit coins.
Para mim, ler uma notícia com este teor é como acender uma lâmpada do tamanho do Big Bem no meu cérebro. É claro! Aliás, mais que claro, é quase obrigatório que o querido do Miguelito vá para uma empresa que esteja relacionada com a criação de coisas virtuais. Afinal de contas, a licenciatura do Relvas também não é real e, com um bocadinho de jeito e a benção de um senhor reitor amiguinho, ainda pode comprar um doutoramento jeitoso com as bit coins.
Para mim, ler uma notícia com este teor é como acender uma lâmpada do tamanho do Big Bem no meu cérebro. É claro! Aliás, mais que claro, é quase obrigatório que o querido do Miguelito vá para uma empresa que esteja relacionada com a criação de coisas virtuais. Afinal de contas, a licenciatura do Relvas também não é real e, com um bocadinho de jeito e a benção de um senhor reitor amiguinho, ainda pode comprar um doutoramento jeitoso com as bit coins.
sexta-feira, 11 de maio de 2018
Afectos indefinidos
Marcelo Rebelo de Sousa vetou o diploma que previa a mudança de nome e de género aos 16 anos sem necessidade de um parecer médico. O documento é agora devolvido à Assembleia da República, onde tinha obtido uma aprovação tangencial.
A esquerda apressou-se a apontar o dedo ao Presidente da República, acusando-o de ter tomado uma opção com base na sua formação ideológica. No entanto, eu acho que a questão não tem contornos tão densos...
Conhecido como o "presidente dos afectos", Marcelo vetou este diploma para não se sujeitar a situações potencialmente constrangedoras. Já imaginaram o homem perante um adolescente em processo de transição de género sem saber se lhe há-de dar um xoxo repimpado nas bochechas ou uma bacalhauzada capaz de deslocar pulsos? Problemático, bem sei...
A esquerda apressou-se a apontar o dedo ao Presidente da República, acusando-o de ter tomado uma opção com base na sua formação ideológica. No entanto, eu acho que a questão não tem contornos tão densos...
Conhecido como o "presidente dos afectos", Marcelo vetou este diploma para não se sujeitar a situações potencialmente constrangedoras. Já imaginaram o homem perante um adolescente em processo de transição de género sem saber se lhe há-de dar um xoxo repimpado nas bochechas ou uma bacalhauzada capaz de deslocar pulsos? Problemático, bem sei...
segunda-feira, 7 de maio de 2018
Amigos são para todas as ocasiões
José Sócrates desfiliou-se do Partido Socialista. A decisão do antigo primeiro-ministro, acusado por vários crimes na "Operação Marquês", surge após as declarações de Carlos César, presidente do partido, nas quais dava conta do sentimento de revolta que se gerará entre os socialistas caso se verifiquem as condenações de altas figuras do partido do Largo do Rato nos processos judiciais que neste momento decorrem.
Sentindo-se o alvo das afirmações do também líder parlamentar socialista, José Sócrates não perdeu tempo. Depois de muito berrar por causa da falta de lealdade e camaradagem demonstrada por Carlos César, que lhe pareceu completamente injustificada, o outrora conhecido como "animal feroz" ligou a Carlos Santos Silva e exigiu-lhe que fosse ele a levar a carta à sede dos socialistas.
Sentindo-se o alvo das afirmações do também líder parlamentar socialista, José Sócrates não perdeu tempo. Depois de muito berrar por causa da falta de lealdade e camaradagem demonstrada por Carlos César, que lhe pareceu completamente injustificada, o outrora conhecido como "animal feroz" ligou a Carlos Santos Silva e exigiu-lhe que fosse ele a levar a carta à sede dos socialistas.
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