O busto de Cristiano Ronaldo, colocado no aeroporto que ontem adoptou o seu nome, tem feito as delícias de humoristas, jornalistas, taxistas e peixeiros? Porquê peixeiros? Podia dizer que seria por causa da aparência de pargo mulato com que o rapaz ficou na representação, mas não. É só pelo facto de não me lembrar de mais nenhuma profissão acabada em "ista".
Depois de tanta chacota, o autor da obra defende-se. Emanuel Santos, um conterrâneo de Ronaldo, argumenta que se baseou numa fotografia tirada ao craque e que não teve oportunidade de estar com ele para captar a sua expressão in loco. Pois, pois! E teve azar, Senhor Emanuel. É que foi logo aquela foto em que parecia que a estrela tinha acabado de levar uma sarrafada do Pepe num treino do Real Madrid.
Na mesma entrevista, o escultor madeirense diz que o busto passou por várias fases até se apresentar o produto final. Sim, nota-se perfeitamente que o senhor fala verdade. Passou por várias fases, nomeadamente a passagem pela máquina de lavar a roupa a 60 graus, a permanência no interior do reactor nuclear de Almaraz durante três quartos de hora e o atropelamento por um cilindro em cinco ocasiões distintas.
Já ontem, Emanuel Santos tinha sido interpelado pela comunicação social, na altura da apresentação do seu trabalho. Depois de várias perguntas, o escultor foi confrontado com a questão: «e onde é que podemos ver mais obras da sua autoria»? Confesso que não ouvi a réplica, mas não me admirava que tivesse sido algo deste género: «em vários locais, como, por exemplo, centros de abate de automóveis».
Cavalos aos tiros, homens aos coices, anões pernaltas e gigantes atarracados. Sem filtro, sem juízo, muita parvoíce e pouca graça. Aqui ninguém vem ao engano!
quinta-feira, 30 de março de 2017
quarta-feira, 22 de março de 2017
Sabes taaaanto!
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, deu origem a uma polémica de dimensões continentais. O ainda Ministro das Finanças holandês disse a um jornal alemão (curiosa coincidência...) que nos países do Sul da Europa «não se pode gastar todo o dinheiro em álcool e mulheres e, de seguida, pedir ajuda».
É uma besta, não haja dúvida. Então este energúmeno não sabe que isto não se diz? É ignorante ao ponto de desconhecer que... a expressão correcta é «não se pode gastar tudo em putas e vinho verde»?!
É uma besta, não haja dúvida. Então este energúmeno não sabe que isto não se diz? É ignorante ao ponto de desconhecer que... a expressão correcta é «não se pode gastar tudo em putas e vinho verde»?!
terça-feira, 21 de março de 2017
IndiGESto
A Procuradoria-Geral da República autorizou o prolongamento das investigações na "Operação Marquês", não existindo agora um prazo para a sua conclusão.
O pedido da equipa do Ministério Público que conduz a investigação é justificado pelo aparecimento de novos indícios de corrupção, que têm surgido com as últimas diligências, fazendo com que as pontas soltas de vários processos acabem por ser atadas.
Realmente, a "Operação Marquês" começou com o Grupo Lena, foi-lhe adicionado o empreendimento de Vale do Lobo, juntou-se-lhe a Caixa Geral de Depósitos, colocou-se-lhe a PT e, por fim, rematou-se com o GES. Umas hortaliças fresquinhas e ficamos com um belo de um cozido à portuguesa, mas em vigarice.
O pedido da equipa do Ministério Público que conduz a investigação é justificado pelo aparecimento de novos indícios de corrupção, que têm surgido com as últimas diligências, fazendo com que as pontas soltas de vários processos acabem por ser atadas.
Realmente, a "Operação Marquês" começou com o Grupo Lena, foi-lhe adicionado o empreendimento de Vale do Lobo, juntou-se-lhe a Caixa Geral de Depósitos, colocou-se-lhe a PT e, por fim, rematou-se com o GES. Umas hortaliças fresquinhas e ficamos com um belo de um cozido à portuguesa, mas em vigarice.
sábado, 18 de março de 2017
O corta-fitas rebelde
Na sua biografia (agora publicada), Jorge Sampaio refere, finalmente, as verdadeiras razões que o levaram a dissolver a Assembleia da República e a convocar novas eleições em 2004: «já estava farto do Santana (Lopes)».
Compreendo, claro. É lixado sair à noite com o bom do Pedrinho. Para além de engatar meia-dúzia de gajas mais depressa que o tempo que o Usain Bolt leva a percorrer os 100 metros planos, o que configura um cenário de concorrência desleal, uma pessoa que caminhe ao seu lado sujeita-se a tomar um banho de brilhantina só com a que é desperdiçada pela sua meia-careca luzidia faustosamente repuxada até ao pescoço.
Gostava tanto de ter o poder que o Sampaio tinha naquela altura. Era tão fixe pôr malta a andar sempre que me fartasse dela. E sabes, Jorginho, eu estava tão fartinho de ti, meu corta-fitas armado em mauzão entre sonos mais longos que os da Bela Adormecida!
Compreendo, claro. É lixado sair à noite com o bom do Pedrinho. Para além de engatar meia-dúzia de gajas mais depressa que o tempo que o Usain Bolt leva a percorrer os 100 metros planos, o que configura um cenário de concorrência desleal, uma pessoa que caminhe ao seu lado sujeita-se a tomar um banho de brilhantina só com a que é desperdiçada pela sua meia-careca luzidia faustosamente repuxada até ao pescoço.
Gostava tanto de ter o poder que o Sampaio tinha naquela altura. Era tão fixe pôr malta a andar sempre que me fartasse dela. E sabes, Jorginho, eu estava tão fartinho de ti, meu corta-fitas armado em mauzão entre sonos mais longos que os da Bela Adormecida!
quinta-feira, 16 de março de 2017
Filosofia político-corrupta
Perguntas que me assomam à mente de quando em vez: quantas vezes terá o Sócrates ido À Fava?
segunda-feira, 13 de março de 2017
Triângulo furioso
Quem é que vence um conflito entre a Holanda e a Turquia?
A China, que fabrica bandeiras holandesas para serem queimadas pelos turcos.
A China, que fabrica bandeiras holandesas para serem queimadas pelos turcos.
domingo, 12 de março de 2017
É tudo uma questão de canais
As declarações de Pedro Passos Coelho numa reunião à porta fechada com os deputados do seu partido (na qual, alegadamente, adjectivou António Costa de «vil, soez, reles e ordinário») fizeram aquecer o ambiente nuo último debate quinzenal na Assembleia da República. Tão quente, tão quente que, às tantas, parecia que estávamos em Agosto com 40 graus à sombra, com os inflamados antagonistas a discursarem como se estivessem numa taberna de esquina e depois de terem virado meia grade de "mines".
Ainda assim, tenho que destacar um dos adjectivo que Pedro Passos Coelho escolheu para classificar o primeiro-ministo: soez. Dei voltas à cabeça e... depois fiz um strike com ela! Aahahahah! Fim de história. Foi gira, não foi?
Mentira! Dei voltas à cabeça e cheguei á conclusão que a escolha desta palavra em concreto foi um terrível equívoco por parte do líder da oposição. O que aconteceu foi o seguinte: o homem anda com a cabeça tão cheia com o escândalo das off-shores que baralhou os canais. Ó senhor, não é Suez. É Panamá! Foi para lá que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do seu Governo deixou escapar uns largos milhares de milhões de euros por causa... uh... de um erro informático, vejam só!
Ainda assim, tenho que destacar um dos adjectivo que Pedro Passos Coelho escolheu para classificar o primeiro-ministo: soez. Dei voltas à cabeça e... depois fiz um strike com ela! Aahahahah! Fim de história. Foi gira, não foi?
Mentira! Dei voltas à cabeça e cheguei á conclusão que a escolha desta palavra em concreto foi um terrível equívoco por parte do líder da oposição. O que aconteceu foi o seguinte: o homem anda com a cabeça tão cheia com o escândalo das off-shores que baralhou os canais. Ó senhor, não é Suez. É Panamá! Foi para lá que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do seu Governo deixou escapar uns largos milhares de milhões de euros por causa... uh... de um erro informático, vejam só!
sexta-feira, 3 de março de 2017
A arte de bem negociar
Foram esta semana homenageados pelo Governo português 52 bombeiros que estiveram duas semanas no Chile a combater fogos florestais. Estes "soldados da paz" fazem parte da Força Especial de Bombeiros (FEB) e foram mobilizados na sequência de um pedido feito pelas autoridades chilenas à União Europeia.
Realmente, quem quiser fazer bons negócios sabe bem onde ir. Nós mandamos-lhes bombeiros para apagar fogos, eles enviam-nos ladrões para nos pôr a arder.
Realmente, quem quiser fazer bons negócios sabe bem onde ir. Nós mandamos-lhes bombeiros para apagar fogos, eles enviam-nos ladrões para nos pôr a arder.
quarta-feira, 1 de março de 2017
Leiam bem, senhores guardas
Tendo em conta os últimos e mediáticos acontecimentos, está a ser distribuído pelos guardas dos estabelecimentos prisionais portugueses um manual de instruções em caso de fuga de reclusos.
Apesar de ser um documento interno, "King" que é "King" tem acesso a tudo e mais qualquer coisa. Por essa razão e por ter um coração ligeiramente mais bondoso que o do Kim Jong-Un, prezados leitores, vou presentear-vos com o conteúdo deste peculiar manual. Reza assim:
- Se for detectada a efectiva fuga de um recluso, deve abrir a boca, encher os pulmões de ar e em seguida gritar bem alto: "alto e pára o baile". Caso o recluso em fuga não obedeça à ordem, deve recorrer de imediato ao kit anti-fuga, que acompanha este manual. Nele encontrará um saco de plástico, que deverá encher rapidamente de ar. Acto contínuo, rebente-o. Isto deverá fazer com que o fugitivo pense que se trate de um tiro, imobilizando-se de imediato. O saco de plástico, à falta das Glock que foram roubadas às nossas forças, será de grande utilidade.
- Depois de imobilizado, o fugitivo deverá ser confrontado com a seguinte pergunta: "Nacionalidade?" Se a resposta for "chilena", deve deixá-lo partir sem mais questões. Com certeza que continuará com a fuga (agora já autorizada) para Espanha. As autoridades espanholas que se amanhem com ele. Dão-nos Almaraz, retribuímos com pequenos Pinochet's.
Se a resposta for "portuguesa", deve retirar do kit amti-fuga a embalagem de presunto fumado que se encontra no seu interior. Em seguida, deve pronunciar a seguinte frase: "É de chaves". Por fim, formule a seguinte pergunta: "Vamos voltar lá para dentro?" Estudos científicos revelam que a taxa de sucesso desta técnica é de 100%, atendendo à miserável restemenga que é servida nos refeitórios das nossas prisões.
E é isto, meus amigos. Infalível, tenho a certeza.
Apesar de ser um documento interno, "King" que é "King" tem acesso a tudo e mais qualquer coisa. Por essa razão e por ter um coração ligeiramente mais bondoso que o do Kim Jong-Un, prezados leitores, vou presentear-vos com o conteúdo deste peculiar manual. Reza assim:
- Se for detectada a efectiva fuga de um recluso, deve abrir a boca, encher os pulmões de ar e em seguida gritar bem alto: "alto e pára o baile". Caso o recluso em fuga não obedeça à ordem, deve recorrer de imediato ao kit anti-fuga, que acompanha este manual. Nele encontrará um saco de plástico, que deverá encher rapidamente de ar. Acto contínuo, rebente-o. Isto deverá fazer com que o fugitivo pense que se trate de um tiro, imobilizando-se de imediato. O saco de plástico, à falta das Glock que foram roubadas às nossas forças, será de grande utilidade.
- Depois de imobilizado, o fugitivo deverá ser confrontado com a seguinte pergunta: "Nacionalidade?" Se a resposta for "chilena", deve deixá-lo partir sem mais questões. Com certeza que continuará com a fuga (agora já autorizada) para Espanha. As autoridades espanholas que se amanhem com ele. Dão-nos Almaraz, retribuímos com pequenos Pinochet's.
Se a resposta for "portuguesa", deve retirar do kit amti-fuga a embalagem de presunto fumado que se encontra no seu interior. Em seguida, deve pronunciar a seguinte frase: "É de chaves". Por fim, formule a seguinte pergunta: "Vamos voltar lá para dentro?" Estudos científicos revelam que a taxa de sucesso desta técnica é de 100%, atendendo à miserável restemenga que é servida nos refeitórios das nossas prisões.
E é isto, meus amigos. Infalível, tenho a certeza.
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