quarta-feira, 6 de abril de 2016

Os doces causam diabetes

A minha sobrinha mais nova ainda está a aprender a falar como gente crescida. Escusado será dizer que tropeça nas palavras como um ganzado na calçada portuguesa. Estranhamente, o passar dos meses não está a trazer melhorias ao nível da expressão oral. Pelo menos, no que diz respeito à minha distinta pessoa.
O diabrete até à semana passada chamava-me "ti, ti!". Coisa fofinha, que até me fazia babar meio litro de saliva (havia de ser o quê?! Champanhe, não?!) para dentro da gamela que serve para dar de comer ao porco e que eu, volta e meia, uso para lavar a fuça.
Ora, a criaturinha apareceu com uma inovação esta semana. Em vez do habitual, acrescenta-lhe uma letra: a letra que dá o início ao abecedário. Os disléxicos estão agora à procura da resposta como um gato vadio anda à procura de gata onde meter a piroca em Janeiro, mas eu, querido que sou, vou ajudá-los: sou tia!
Bom, na minha lista de objectivos de vida não constava o tópico "mudar de sexo aos 30", mas um gajo (ou um palerma) faz tudo pela família, não é verdade?
E para mostrar que sou uma tia extremosa fui ainda mais longe: como recompensa, arranjei-lhe um lugar no canil municipal. Mas vais ter de ser paciente, querida. A tia só te leva para lá quando se chamar oficialmente Érica Micaela.

2 comentários:

  1. Tia Lápis Roído, que coisa maaaaaai' fofinhaaaa! AHAH

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    1. Muito fofinha. E útil... se estiver à procura de um bom nome para "drag queen" :P

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Se vêm para contestar, fiquem quietinhos e caladinhos. Isto não é minimamente democrático e quem manda aqui sou eu! Por isso, só são permitidos afagamentos de ego, mas com jeitinho! Demasiada fricção deixa-me o pelo eriçado, tipo gato assanhado. Não é bonito!