A semana que passou fica marcada pela tomada de posse do novo presidente da República que, sim, sucede ao anterior, mas, na verdade, não sucede coisa nenhuma porque é o mesmo.
Marcelo Rebelo de Sousa iniciou oficialmente o novo mandato presidencial, que nos garante mais cinco anos de afectos, ainda que limitados nesta fase pelo bicho.
Numa cerimónia mais espartana, condicionada, pois claro, por uma tempestade de areia proveniente do Sahara e uma chuva de gafanhotos do Vesúvio... Já não vos engano, não é? Todos sabemos que a cerimónia não foi tão faustosa porque a Assembleia da República está a sofrer obras de requalificação, o que impede grandes ajuntamentos no seu interior. Diz que estão para lá a pôr um soalho flutuante que é muito jeitoso e que é uma maravilha para as alergias. Aquelas alcatifas já não estavam com nada.
Desta cerimónia, para além de termos o Ferro Rodrigues a discursar durante mais tempo que o próprio recém-empossado, destaca-se uma polémica ao bom estilo das tricas palacianas a que este muy nobre cantinho à beira-mar plantado nos habituou ao longo de quase 900 anos de história.
Cavaco Silva, antecessor do antecessor do actual presidente (que, já percebemos, é o mesmo), decidiu abandonar a cerimónia antes da sessão de cumprimentos, não tendo assim felicitado, formal e publicamente, Marcelo pela reeleição. Para quem prefere uma linguagem mais erudita, Cavaco abalou à papo-seco, saiu à francesa, pirou-se sem dar uma bacalhauzada a Marcelo.
Muito se tem especulado acerca do motivo que fez o antigo chefe de Estado evitar a sessão de cumprimentos. Todavia, porém, contudo, no entanto e todas as outras conjunções adversativas que conhecem (devem, devem...), só eu estou a par dos factos que sustentam a verdade sobre o sumiço de Cavaco. Eu e vocês, se cometerem a proeza de continuarem a ler esta parv... perdão!, este texto.
Cavaco foi embora antes do encerramento da cerimónia porque a Maria já tinha o almoço ao lume e para a sobremesa estava prometida uma enorme fatia de bolo-rei, que, nesta época do ano, está tal e qual o professor: seco, amargo e fora da validade.
Ah! Ah! Ah! Esta tem de ser das minhas publicações favoritas! O remate da situação com o bolo-rei foi muito cómico. ;)
ResponderEliminarUma pequena maravilha, não foi? Também achei! Ahahah E repara como remete para um episódio trágico-cómico da história da política nacional que envolve um bolo-rei, um presidente da República e um microfone. Bagagem cultural impressionante a deste moço :P Ahah
EliminarUma boa fatia de Bolo-Rei não se deixa à espera...
ResponderEliminarE uma Maria não se "esnoba", ou dorme-se no sofá! ;)
Boa semana!
Sabes bem da poda :P Uma boa semana para ti. Ou duas :P
EliminarCavaco é um marido obediente, não é qualquer presidente que o desvia :)
ResponderEliminarAliás, acho que a maioria dos envolvidos neste episódio, já está à largos anos fora de validade .
Será que não há fruta da época ? :)
Beijinho
A fruta quer-se na época e há alguma que já está bem podre :P Beijinhos ;)
EliminarEu nem acredito que só agora vim aqui ler esta pérola! Já dei umas boas gargalhadas, especialmente com o bolo rei!
ResponderEliminarUm beijinho*
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Andas distraída, é o que é :P Vê lá se te sai a fava... do bolo-rei :P Ahah
EliminarBeijinhos ;)